domingo, 17 de abril de 2011

[miniconto] círculos viciosos tomada 2: de volta à foz

CÍRCULOS VICIOSOS,TOMADA DOIS: DE VOLTA À FOZ
 
Era a única maneira, o único jeito de escapar daquele complexo labiríntico de cavernas: murmurando nervoso, impulsivo, aquela cantiga cuja letra ele mal lembrava - quem a cantara?onde a ouvira, mesmo?...- o viajante empurrou a canoa frágil para dentro do rio subterrâneo, caudaloso.

sábado, 16 de abril de 2011

[conto-curto] amanhecer

AMANHECER
 
Bárbara volta para casa logo antes do raiar do sol, toda noite - seu dia acaba quando a cidade desperta , mal-humorada.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

[conto-curto] o sexo dos demônios

O SEXO DOS DEMÔNIOS
Muriel se recolhera para o canto mais calmo, o mais solitário, do jardim de inverno, na hora do chá, depois da aula de catecismo enocheano. As dores de cabeça estavam piores e ela queria estar a sós com seu pequeno tormento, com o pavor da eclosão iminente da puberdade.

[microconto] cada coisa em seu lugar

CADA COISA EM SEU LUGAR

Antes da terapia, minha vida estava de pernas para o ar, é verdade, minha cabeça estava confusa, eu não sabia o que fazia, não sabia o que queria.

sábado, 9 de abril de 2011

[conto-curto] achados & perdidos

ACHADOS & PERDIDOS

O embrulho era brilhante , papel de presente e laço coloridos como os de ovo da páscoa qu e Bertão sempre se esquecia de comprar para os filhos; o pacote chamava atenção, afinal, mesmo ali, do alto do assento de motorista de ônibus.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

[very-short story] the boy who cried golf

THE BOY WHO CRIED GOLF
The kid would ride the cart across the green fields, spot the holes , place the baits with the tracer capsules, the motion sensor devices and also the ...very...very...sensitive...explosive charges , and then rush back to Master to serve his tea. Too hot, boy...now you are truly useless, i'll say!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

[microconto] o monstro da semana: hidra de lerna

O MONSTRO DA SEMANA: HIDRA DE LERNA
 
O herói encontrava-se num impasse, na conquista daquele reino bárbaro: a cada soldado inimigo morto, dois surgiam , ainda mais aguerridos, para tomar seu lugar naquela guerra infindável através de charnecas pestilentas,uma barreira natural que zombava do número, da força do formidável exército invasor.