Todo mundo no velho bairro conhecia o brechó daquela velha senhora, sempre à porta da lojinha, tomando sol, fumando seu cigarrinho, trocando prosa com algum conhecido, recebendo com um sorriso gentil e sem formalidades qualquer freguês novo ou velho: as portas sempre abertas para o interior tomado por um certo cheiro a suor decantado, roupa suja amadurecida, e que não era desagradável, ainda nem todo freguês em potencial o ambiente, uma certa agorafobia de saldos de liquidação de outras épocas . Não havia traço de naftalina naquele ar quase aconchegante.
5199) Os hermetismos pascoais (18.9.2025)
-
Eu tinha pensado em publicar aqui uma daquelas crônicas-obituários, mas dei
uma olhada na página do blog e me deu um arrepio ao ver como esses
necrológi...
Há uma hora