segunda-feira, 27 de setembro de 2010

[mini-conto]monstro da semana:cuca 2

MONSTRO DA SEMANA: CUCA II

A velhota não brincava de "cabra cega", mas, sim , de "cobra cega".

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

[mini-conto]monstro da semana: batata de sofá

MONSTRO DA SEMANA:BATATA DE SOFÁ

Os brotos têm um ciclo de vida anfíbio: sua forma larval é livre e ágil, quase uma rosa em botão , sem caule e  arrancada do solo, com a cauda típica,ramificada e o corpo globular e vítreo, envolto numa capa retrátil, dupla, de bordas ciliadas.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

[mini-conto] monstro da semana: lobo mau

 
MONSTRO DA SEMANA: LOBO MAU
 
[escrito para o concurso de setembro de 2010 da comunidade do orkut Contos Fantásticos]

Todas eram iguais para ele.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

[conto] do lado de lá

DO LADO DE LÁ

(Infância.
Adolescência.
Escola/trabalho.
Vidadulta.
Marido/filhos.)

, pronto! Ana terminou o traçado meticuloso no chão (dedos já doridos de concentração), guardou no bolso do casaquinho o giz quase todo gasto, coitado, veterano de outros jogos de amarelinha. Bateu as mãos, limpou o resto do pó no vestido (esquecendo-se que a mãe iria ralhar quando visse aquela sugeira toda ), contemplou com orgulho o trabalho feito.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

[short story] f.e.d.

F.E.D.

YOUR MOM NEVER WANTED YOU IN THE FIRST PLACE.

He used to write what he used to call "Post-it Fiction",and nobody else did, because no one cared about his work. It was the onset of 4D TV, just about then,when the world became the screen : no place for theatrical analogies anymore, the world was no stage - perhaps, some cramped sound stage where you'd shoot your stupid soap opera of a life, one damn episode a day, every single day. No lunch breakes, just commercial breakes.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

[microconto] a bolsa ou a vida

A BOLSA OU A VIDA
A velha senhora, mulher de classe, cheirando a perfume caro e a incenso e a especiarias, puxou com força surpreendente a bolsa de couro das mãos do assaltante; o meliante meio louco de raiva e de pressa, e mais que meio doidão, puxou uma arma e atirou na dona.
Ela abraçava a bolsa contra o peito; abriu os braços, estupefata:entre seus seios, um buraco negro, fumegante...de onde começou a vazar lenta, depois vigorosamente, um rio de areia.
Caiu;  e a bolsa caiu a seu lado, furada de lado a lado, e sangrando pelos dois orifícios - e abriu-se no impacto: lá de dentro, jorrou um monte de minúsculas quinquilharias, e um coração humano, qual enorme rubi, rolando pelo pavimento, murchando, tossindo como motor velho, esguichando sangue, morrendo,afinal.